segunda-feira, 22 de agosto de 2011

intimidade é uma merda

sim, o assunto do dia é esse.

a bendita, ou maldita, intimidade.



a falta dela, a percepção dela, a criação dela, os limites dela e o medo dela.

como estabelecer o quanto de intimidade vc tem com o outro ou o quanto vc pode investir a sua intimidade com outro?

não é nem de perto uma percepção simples.
e varia muito de pessoa pra pessoa.

eu funciono de uma forma bem simples com a intimidade: eu sou muito aberta e estou disposta a ter a minha intimidade dessa forma.
o problema é que muitas vezes, até de forma ingênua, eu acabo expondo esse intimidade ou tendo intimidade com as pessoas quando elas ainda não tem isso comigo.

isso invade, assusta ou então é interpretado de uma forma errada...



sempre foi um problema e eu, na minha santa ingenuidade, nunca aprendi a ter isso controlado ou então a entender que as pessoas nem sempre lidarão bem com isso, por não terem a mesma visão que eu.
eu acabo achando que os outros vão entender, mas eles não entendem.
e aí eu avanço um passo que nem eu havia percebido q tinha q ser dado aos poucos.
principalmente quando eu ainda não sei o quanto da minha "alma" as pessoas estão dispostas a entender ou conhecer.

sim, eu sempre fui impulsiva... mas diferente do que as pessoas pensam, não é o impulso não pensado sem medir consequências, é o impulso de quem se doa (ou se dá) de forma verdadeira, com honestidade naquilo que fala e que pensa, refletindo assim nos gestos e atos.

eu nunca tive vergonha de mostrar quem eu sou e o que sinto, de um estranho modo me considero muito bem resolvida com isso, de mim para mim, claro.

mas o que ainda não está resolvido é esse passo em falso, que me prejudica, de dar aquilo que nem sempre os outros querem receber.

aí vem o conflito interno, o sofrimento por ter um resultado negativo de algo que pra mim era tão natural, tão simples.
e por ser conflito, puxa para o assunto os temas insegurança, medos, frustrações e traumas.

estava bem assim hoje, braba comigo por me colocar nessa situação sem ter me percebido.
errando quando a intensão nem se quer era a de acertar, na verdade era a de só ser eu.

ok, falando assim tb parece q estou me isentando dos erros, mas não estou.
pelo contrário, estou tentando mostrar a briga interna comigo, a frustração de agir errado por ser assim e a frustração de não ser feliz sendo diferente.

meio termo? complicado chegar nele, pq qualquer passo mal interpretado tende pra um dos dois lados.
ainda mais tendo em vista que as pessoas sempre julgam tuas ações, não por mal, mas pq é normal analisar e avaliar a atitude do outro (mas sobre esse assunto já falei anteriormente) e quanto ela serve ou deixa de servir.

seria muito mais simples se todos fossem abertos com suas questões, nas suas relações, sem interpretações que possam denegrir tua imagem.
seria mais fácil poder ser honesto sempre e poder se doar.
o que as pessoas vão fazer com isso, sempre é um risco, mas eu não me preocupo de correr o risco de ser usada ou de quebrar a cara, mas sim me preocupo de correr o risco ser mal interpretada.

me irrita profundamente correr esse risco sem nem perceber q estou correndo.
se eu penso antes de agir? é claro, mas veja bem, se pra mim é uma coisa natural, quando eu pensar sobre a ação a ser tomada ela não será nada mais que natural.

difícil, né? tenho pra mim que falta malandragem nesse corpo.
mas pra falar bem a verdade, malandragem não me serve.
eu gosto de ser aberta.
eu não sei jogar esses jogos interpessoais utilizados nas relações modernas.
eu sempre fui partidária do: "oi, tudo bem? eu quero assim assado e vc?"



já recebi diversas críticas sobre o tanto objetiva e direta que eu posso ser.
ficar "me fazendo"? não tenho saco...
mas não pense que eu não curto os estágios e evoluções das relações, eu curto, mas eu não curto a falta de clareza e sinceridade nelas.

nesse vai e volta de ações bem e mal sucedidas, das frustrações e sofrimentos fica a dúvida de como me portar diante de tudo isso.
eu juro que estou tentando.

só não tenha mais estômago pros julgamentos cruéis.

é isso.


3 comentários:

kika freitas disse...

Não acho q falte malandragem nesse corpo, baby! Acho q o imediatismo da sociedade hj 'permite' q as pessoas se pisem pra conseguir mais rápido. Isso gera hábitos sociais. Feios.

Me sinto feliz por não ter me vendido a malandragens... juro!

Fê Bellini disse...

Fato! Abaixo à malandragem social!

Anônimo disse...

NOSSA É VC TIRANDO FOTO?

HUMMM MUITO SHOWWW

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