segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

De mim, por ele, pra ti.

Era pra ser só uma frase, mas esse safado me tomou as palavras engasgadas antes mesmo que eu soubesse que elas existiam...


"Ele a olhou. Ela, louca de amor por ele, não o reconheceu. Ele havia deixado de ser ele: tranformara-se no símbolo sem face nem corpo da paixão e da loucura dela. Não era mais ele: ela amava alguém que não existia mais, objetivamente. Existia apenas dentro dela"


"Não se preocupe, não vou tomar nenhuma medida drástica, a não ser continuar, tem coisa mais auto destrutiva do que insistir sem fé nenhuma?"


"Meu coração é um sapo rajado, viscoso e cansado, à espera do beijo prometido capaz de transformá-lo em príncipe. Meu coração é um álbum de retratos tão antigos que suas faces mal se adivinham. Roídas de traça, amareladas de tempo, faces desfeitas, imóveis, cristalizadas em poses rígidas para o fotógrafo invisível. Este apertava os olhos quando sorria. Aquela tinha um jeito peculiar de inclinar a cabeça. Eu viro as folhas, o pó resta nos dedos, o vendo sopra.Meu coração é o mendigo mais faminto da rua mais miserável.Meu coração é uma planta carnívora morta de fome.Meu coração é uma velha carpideira portuguesa, coberta de preto, cantando um fado lento e cheia de gemidos - ai de mim! ai, ai de mim!"


"Eu sentia profunda falta de alguma coisa que não sabia o que era. Sabia só que doía, doía. Sem remédio"


"A perda do amor é igual a perda da morte. Só que dói mais. Quando morre alguém que você ama, você se dói inteiro (a) - mas a morte é inevitável, e portanto normal. Quano você perde alguém que você ama torna-se tão irremediável quando não ter NUNCA MAIS quem morreu. E dói mais fundo - porque se poderia ter, já que está vivo (a). Mas nãos e tem, nem se terá, quando o fim do amor é : NEVER"


"Não te tocar, não pedir um abraço, não pedir ajuda, não dizer que estou ferido, que quase morri, não dizer nada, fechar os olhos, ouvir o barulho do mar, fingindo dormir, que tudo está bem, os hematomas no plexo solar, o coração rasgado, tudo bem"


"Podia esperar de qualquer um essa fuga, esse fechamento. Mas não de você, se sempre foram de ternura nossos encontros e mesmo nossos desencontros não pesavam, e se lúcidos nos reconhecíamos precários, carentes, incompletos. Meras tentativas, nós. Mas doces. Por que então assim tão de repente e duro, por que?"


"Te desejo uma fé enorme, em qualquer coisa, não importa o quê, como aquela fé que a gente teve um dia, me deseja também uma coisa bem bonita, uma coisa qualquer maravilhosa, que me faça acreditar em tudo de novo, que nos faça acreditar em tudo outra vez, que me leve para longe da minha boca este gosto podre de fracasso"


"Oh Deus, como é triste lembrar do bonito que algo ou alguém foram quando esse bonito começa a se deteriorar irremediavelmente"


Tudo por: Caio Fernando de Abreu.



3 comentários:

Fê Bellini disse...

significa q eu me expus nesse post como se estive assim q nem ela...

sacou?

Priscila Palacci disse...

uahuahuah vim aqui pra escrever "não consegui terminar de ler pois me senti despida a cada palavra" ri ao ver a foto... mais ainda ao ler o comentário... é... não são apenas cores que homens e mulheres percebem de formas diferentes...

Fê Bellini disse...

ééééé... Pri, tu disse tudo!

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